Siga-nos

Reminiscências da adolescência

Quando adolescente, participávamos ativamente, aos domingos, das Missas das 8 horas na Igreja de Nossa Senhora do Desterro, em Casa Branca, época em que por lá passaram os saudosos padres Vicente Picarelli, Dalton Chaves, Luciano (irmão do Venerável Roberto Giovanni), Osório, Felisberto Campagner, entre outros, dos quais fomos coroinha.

Irmão Cristóvam Flores, também já falecido, coordenava a Comunidade de Jovens local e o pequeno grupo de cantores que abrilhantava as Celebrações Eucarísticas com belíssimos cânticos que estão eternizados na memória de todos aqueles que tiveram a oportunidade de vivenciar esses tempos memoráveis.

Um hino, que, pela beleza poética de seus versos, não me canso de recordar, era o que entoávamos na Comunhão, chamado “Espero em Ti, Senhor”. Não sei explicar o porquê, mas um desses versos que até hoje me encanta profundamente diz assim:  “Espero em Ti, Senhor, quando vejo que os lírios não tecem, mas vestem roupagens de luz”.

Agora, passados mais de 50 anos, inspirei-me nesse hino para escrever este

Acróstico

E quando tudo parece não ter mais jeito, / Sinto a presença de alguém ao meu lado / Persuadindo-me a expulsar a dor do peito / E a sepultar todas as agruras do passado. / Reencontrando o perdido estado de graça, / O nó que prendia o coração se desenlaça!

Embora não passe de um contumaz pecador, / Minhas tristezas têm Deus como consolador.

Toma-me, por isso, Pai, em tuas santas mãos, / Inspirando-me a ser luz para os meus irmãos.

Sei bem que Tu és a fonte primária do amor / E que estás presente em todo tempo e lugar. / Não deixes, pois, de atender ao meu clamor. / Hoje, mais do que nunca, contigo quero estar. / Os segundos que passam revelam o meu fim, / Rogo-Te, então, que não fiques longe de mim.

Col.: Francisco Bueno