As exportações na região de São João da Boa Vista totalizaram US$ 377,5 milhões no primeiro semestre deste ano, registrando um aumento de 20,9% na comparação interanual. Já as importações somaram US$ 88,3 milhões e tiveram queda de 10,7% frente ao mesmo período do ano passado. O superávit comercial foi de US$ 289,2 milhões.
A característica agrícola da região tem contribuído com o aumento das exportações, reforçando o potencial do agronegócio. Os principais produtos exportados foram café, chá, mate e especiarias (74%), animais vivos (6,2%) e produtos químicos inorgânicos (4,2%). Produtos químicos orgânicos, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, frutas e preparações à base de cereais, farinhas e amidos também foram exportados entre janeiro e junho, demonstrando o interesse externo na produção da região.
No período analisado, os principais destinos das exportações foram Alemanha (25,9%), Estados Unidos (12,7%), Itália (10,4%) e Holanda (6,3%). Suécia, Colômbia, Japão, Espanha e Rússia também compraram da região. Por outro lado, as compras tiveram como principais origens China (29,8%), Estados Unidos (19,7%), Argentina (10,4%) e Alemanha (5,4%). Os produtos importados foram, principalmente, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (29,5%), leite e laticínios; ovos de aves (22,8%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,4%).
O levantamento inclui os 20 municípios que pertencem à Diretoria Regional do Ciesp – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo: Aguaí, Águas da Prata, Cajuru, Caconde, Casa Branca, Cássia dos Coqueiros, Divinolândia, Espírito Santo do Pinhal, Itobi, Mococa, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio do Jardim, São Sebastião da Grama, São José do Rio Pardo, Tambaú, Tapiratiba e Vargem Grande do Sul, além de São João da Boa Vista.
Questão Tarifária EUA – Brasil
Em nota, o Ciesp manifestou sua profunda preocupação diante do atual embate entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que ultrapassa os limites da diplomacia ao utilizar a questão tarifária como instrumento de disputa pessoal e ideológica.
“Tal postura equivocada tem causado prejuízos concretos e imediatos às nossas relações comerciais, afetando diretamente as forças produtivas, os trabalhadores e toda a sociedade. Faltam argumentos concretos em favor dos EUA para uma tarifa de 50% nas importações do Brasil. Não procede a justificativa do presidente estadunidense sobre a balança de pagamentos entre os dois países lhe ser desfavorável, já que apenas na última década o superávit a favor deles foi de US$ 91,6 bilhões no comércio de bens. E se incluído o comércio de serviços, o superávit dos EUA chega aos US$ 256,9 bilhões.
A soberania do Brasil, assim como a de qualquer nação, deve ser respeitada. Questões pessoais e ideológicas de governantes não podem prevalecer em relações internacionais entre nações, pois os danos causados são severos e de difícil reparação, colocando em risco o desenvolvimento e o bem-estar de nossos povos. O diálogo diplomático deve ser respeitado; e com fatos não falsas versões deles.”
Exportação nos municípios
São José do Rio Pardo foi o município que teve o maior volume de exportações na região: US$ 155,9 milhões, sendo que 97% dos produtos exportados são café, chá, mate e especiarias, seguidos de preparações alimentícias diversas, frutas; cascas de frutos cítricos e de melões. Alemanha, Estados Unidos, Itália e Países Baixos (Holanda) foram os principais compradores no primeiro semestre deste ano.
Na sequência vem Espírito Santo do Pinhal, que vendeu US$ 113,3 milhões, sobretudo para Alemanha, Itália, Argentina, Estados Unidos e Rússia. Café, chá, mate e especiarias correspondem a 86% dos produtos exportados, seguido de máquinas, aparelhos e materiais elétricos; aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e acessórios, além de reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos.
São João da Boa Vista exportou US$ 45,9 milhões. Como nas demais cidades, café, chá, mate e especiarias lideram a lista de exportações (51%), seguidos de produtos químicos inorgânicos; compostos inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos, elementos radioativos e de metais das terras raras ou de isótopos, bem como máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Estados Unidos, Alemanha, Itália, Países Baixos (Holanda) e Argentina foram os países que mais compraram do município.
Santa Cruz das Palmeiras vem em quarto lugar no ranking regional, com US$ 23,3 milhões em exportações. O município abriu fronteiras em sete países: Colômbia, Argentina, Peru, Chile, Venezuela, Alemanha e Estados Unidos. Animais vivos foram quase a totalidade dos interesses externos de compra no município.
Na sequência, Mococa, que exportou US$ 9,4 milhões para Estados Unidos, Chile, Austrália, Venezuela e República Dominicana. Café, chá, mate e especiarias lideram a lista de produtos exportados, seguidos por leite e lacticínios; ovos de aves; mel natural; produtos comestíveis de origem animal e preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou leite.
Divulgação/Ciesp











