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Decisões erradas

Algumas vezes, tomamos decisões erradas – geralmente sem considerar quem somos – e acabamos caindo em um buraco do qual parece que jamais sairemos. Nos tornamos infelizes.
Uma decisão errada leva até outra, que leva para outra e uma fileira de dominós acaba caindo sem parar.
Vamos dormir e nos perguntamos: o que é que fiz da minha vida? Há pessoas que, neste processo, se transformam em robôs: acordam, escovam os dentes, fazem o desjejum, trabalham, almoçam, trabalham, voltam para casa, jantam, dormem e, em alguns pontos do dia, vão ao banheiro. No dia seguinte, repetem exatamente a mesma coisa. E no outro. E no outro. E no outro. Sem que haja uma luz no fim do túnel.
Um dia uma pessoa me disse que se sentia um zumbi, alguém que passa os dias apenas reagindo aos acontecimentos e pessoas, sem escolher nada do que acontecia: “Escolhi minha profissão porque tinha que agradar meu pai, me casei com alguém que mal conhecia porque estava sozinho naquele momento, trabalho no que não gosto porque tenho que pagar as contas”… E assim vivo… Ou simplesmente existo…
Quando estamos numa estrada, indo de uma cidade para outra, há momentos em que o ponto da estrada no qual estamos é exatamente igual o ponto que passamos quinze quilômetros antes. Isso não é um problema, já que sabemos para onde vamos.
A viagem pode até ser desconfortável, cansativa, longa e monótona – mas sabemos aonde queremos chegar.
Por isso, se o ponto da vida no qual estamos agora é um caminho para nos levar aonde desejamos chegar, não se preocupe com essa aparente repetição do nada. Por outro lado, se o ponto da vida no qual você está foi causado por uma decisão claramente equivocada e os dias estão se repetindo como um castigo aparentemente sem razão, é hora de mudar.
Comece mudando por dentro, imediatamente. Mude o que você escolhe ver, ler, ouvir, as pessoas com as quais escolhe estar, aquilo que você diz e o que você aprende. Não é fácil. Mas a mão não alcança aquilo que o coração não almeja, portanto é melhor escutar seu coração para a tomada de decisões.
Sempre unindo a razão e a ação contínua, claro, porque pensar apenas com o coração não é a chave. A chave é usar a razão, a emoção e a ação em tudo o que você deseja. E estes três lados devem estar alinhados, com o mesmo objetivo.
Pense em um tempo no qual as coisas tinham tudo para serem perfeitas. Tente voltar a este tempo, como um motorista volta para a estrada certa, após ter escolhido o caminho errado .E volte para o caminho certo. Sua vida merece isso.
Col.: Pilar Arias (Pile Maracaju)