Fiéis católicos celebram o Dia de Corpus Christi

Fiéis católicos de todo o mundo saíram às ruas na penúltima quinta-feira, dia 20, para a festa de Corpus Christi, expressão latina que significa Corpo de Cristo. A celebração religiosa, que data da Idade Média, tem como objetivo homenagear a Eucaristia. A principal característica da festa são as procissões, que tradicionalmente passam por ruas ornamentadas com tapetes feitos com serragem colorida com anilina, cascas de ovos, tampinhas de garrafas, cal, serragens, pó de café, pétalas de flores.

No dia da festa de Corpus Christi a Igreja celebra a instituição do Sacramento da Eucaristia, sendo este o único dia em que o Santíssimo Sacramento sai pelas ruas. Em Santa Cruz das Palmeiras, que, mais uma vez, não teve as ruas enfeitadas, os fiéis das três paróquias da cidade se uniram para celebrar a solenidade de Corpus Christi na Igreja Nossa Senhora da Salete, no Bairro Vila Meira, às oito horas da manhã, sob o comando dos padres André Passos e Fernando, da Paróquia Santa Cruz; Reginaldo Carreira e João Paulo, da Paróquia Santa Rita de Cássia, e Rodrigo Simões, da Paroquia Nossa Senhora do Rosário.

Logo após a missa, uma procissão seguiu pelas ruas da cidade até a Igreja matriz do Sagrado Coração de Jesus, onde os fiéis receberam a solene bênção do Santíssimo Sacramento.

Para o padre Fernando, da Paróquia Santa Cruz, “este é um momento de festa da comunhão, onde testemunhamos nossa fé em Jesus Cristo Ressuscitado, numa Igreja que nasce da Eucaristia e dela se nutre para levar em frente a sua missão”.

História

A Festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de MontCornillon (†1258), que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia.

Quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, ocorreu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia.

O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.

Foto: Pascom

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