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Fiéis participam da missa de 140 anos da morte de Santa Eufrosina

A tarde do último domingo, 23, foi de bênçãos na Capela Rural de Santa Eufrosina, situada na Fazenda Campo Alegre, divisa de Santa Cruz das Palmeiras e Pirassununga. Grande número de fiéis das duas cidades e da região esteve presente na missa pela intenção dos 140 anos do falecimento da menina Eufrosina, que se tornou Santa Pela Igreja Católica.
A celebração foi presidida pelo padre Antônio Marcos, da Paróquia Santa Luzia, do Distrito de Cachoeira de Emas.
Na oportunidade, a comunidade celebrou também a Solenidade de Cristo Rei do Universo, festa que proclama que Jesus é o Rei da Paz, da Misericórdia e da História, Aquele que reina com amor e guia seu povo ao Reino da Justiça e da Esperança.
Durante a Missa, uma chuva fina começou a cair, molhando a terra seca como sinal de renovação e graça.
Ao final, raios de sol voltaram a brilhar suavemente por entre as nuvens, iluminando a comunidade como um gesto da presença amorosa de Cristo Rei.
Com informações e fotos: Felippe Antonio.
Eufrosina
Segundo relatos, Eufrosina nasceu em Pirassununga em 1864, no bairro Campo Alegre, região de Cachoeira de Emas. Filha de pais leprosos, aos quatro meses foi abandonada num pasto pela mãe.
Um casal a adotou, até que a doença aos 6 anos de idade nela se manifestasse. Para protegê-la, o padrinho ergueu um ranchinho à beira da estrada, entre Cachoeira de Emas e Santa Cruz das Palmeiras.
A menina vivia trancada e despida, à espera de água e comida. Quando tudo lhe faltava, se alimentava de larvas e insetos e dividia num cocho o sal grosso com o gado. Para espantar o medo, rezava e cantava hinos religiosos. Eufrosina tinha dois irmãos, também portadores da doença, que sobreviviam de esmolas. Aos 12 anos, a hanseníase já havia desfigurado a garota.
Ela teria morrido aos 16 anos, aproximadamente, mas voltou a viver. Além de ficar curada da doença. O episódio logo se espalhou e atraiu centenas de pessoas ao local.
Eufrosina explicou que “voltou” graças a uma “Licença Divina” de 23 dias de vida que havia recebido.
Completados os 23 dias da “Licença Divina” que recebera, Eufrosina morreu no dia e na hora marcados à vista de muitas pessoas. Decidiu que seria enterrada em Santa Cruz das Palmeiras, porque o padre de Pirassununga lhe fazia pesadas críticas pelo fato de reunir centenas de fiéis que a procuravam em busca de milagres.