A Campanha de Doação de Medula Óssea, realizada em prol da menina Mariana Tambasco, recebeu grande participação popular. Só não foi maior porque, devido à pandemia, não foi possível atender a todos que compareceram ao local. Pouco mais de duzentas pessoas deram a sua contribuição para a Mari, como é conhecida. A Campanha ocorreu no último sábado, na Fomenta, sob a coordenação do Hemocentro da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
Como já é de conhecimento de muita gente, essa Campanha teve início depois que Mariana Tambasco Píccolo, a Mari, e seus pais, Adriana e Marcos, em setembro de 2017, quando ela tinha apenas 7 anos, começaram a lutar contra a LLA (Leucemia Linfóide Aguda). Desde então, ela faz tratamento quimioterápico no Hospital Boldrini de Campinas. Em junho de 2020, agora com 10 anos, Mari teve alta porque a doença estava em remissão, mas, no mês de agosto, ela voltou a ter alguns sintomas, sendo constatada a recidiva da doença. Atualmente, ela segue com as quimioterapias, mas precisará passar, daqui a uns meses, por um transplante de medula óssea.
Uma das dificuldades era encontrar um doador de medula óssea que fosse compatível, pois, no caso de Mariana, nem os pais nem o irmão mais velho, Eduardo, apresentam 100% de compatibilidade. A chance de encontrar um doador compatível seria de um em cem mil pessoas fora do núcleo familiar, e, dessa forma, a família começou a fazer campanhas, tentando divulgar e mobilizar o maior número possível de pessoas para encontrar um doador compatível.
Boa notícia
Mas a melhor notícia é a de que, depois de muita luta e de muitas pessoas fazendo doações, foi encontrada uma pessoa com 100% de compatibilidade com a Mari. Essa pessoa irá passar por todos os procedimentos e, se tudo estiver de acordo, Mariana poderá receber a medula, curar-se e voltar à normalidade. A notícia deixou todos os familiares e amigos felizes, pois, caso não encontrasse, o caso poderia ficar mais grave. “Só temos a agradecer a todas as pessoas que colaboraram com a nossa Mari. Pedimos a todos os que não puderam doar no sábado passado, que compareçam no dia 7 do mês que vem, quando será realizada mais uma campanha para que todas as demais crianças que estejam precisando possam ter uma chance de cura”, disse Mara Tambasco, prima da Mari.
Segundo os médicos especialistas no assunto, muitas pessoas necessitam de transplante de medula óssea e a chance de compatibilidade de sangue é de um para 100 mil. A medula óssea é o tecido encontrado no interior dos ossos, também conhecido popularmente por “tutano”, que tem a função de produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.
O Transplante de Medula Óssea (TMO) é indicado principalmente para o tratamento de doenças que comprometem o funcionamento da medula óssea, como doenças hematológicas, onco-hematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas hereditárias, alguns tumores sólidos e doenças autoimunes.
