Este domingo marca o encerramento da tradicional Festa de Nossa Senhora do Desterro, em Casa Branca, em sua 99ª edição. Um momento especial em que fiéis da cidade e região se destinam ao Santuário no alto da Colina Sagrada para agradecer à Senhora desterrada de Belém para o Egito por tantas graças recebidas.
Nós que, na infância, adolescência e juventude, desfrutamos de momentos tão felizes com padres, irmãos e seminaristas estigmatinos, além de amigos que não mais estão entre nós, não conseguimos conter a emoção ao dirigir o olhar à imagem da Mãezinha querida posta na parede do fundo do altar-mor. É que ela nos transporta a um tempo em que as dificuldades vivenciadas pelos moradores do Bairro eram superadas pela devoção demonstrada nos eventos religiosos da época, principalmente nas missas dominicais das oito horas e da entrega de flores à Mãe de Jesus em todos os dias do mês de maio, sob a coordenação do irmão Roberto Giovanni, que caminha às honras dos altares.
Com o coração e a alma triunfantes de alegria e de muito saudosismo, dedicamos à homenageada este singelo
Acróstico
Santa querida, entre tantas jovens de Nazaré, / Escolhida tu foste para ser a Mãe de Jesus. / Não se importando com o que pensaria José, / Hospedaste em teu ventre o Filho da Luz! / O “sim” dito com firmeza ao Anjo Gabriel / Revelou que o teu coração tão repleto de fé / Apontava que o sofrimento te levaria ao céu! Do parto na estrebaria à dor aos pés da Cruz, / O brilho do teu olhar é estrela que nos conduz.
Diante dos “Herodes” que afligem nosso espírito / Espalhando ódio em todo lugar a todo instante / Somos obrigados a criar o nosso próprio Egito, / Tentando nos abrigar em algum lugar distante. / E sabendo que tu, como Mãe do genuíno amor, / Recebes nossas súplicas com carinho ardente, / Rogamos que quando o sol em nossa vida se pôr / O paraíso nos seja por Deus dado de presente!
Col.: Francisco Bueno










