Homenagem ao querido amigo Bila

Todos nós temos qualidades e defeitos, sejam eles quais forem, mas sabe aquele cara que parece não ter defeitos? Aquele cara que sempre está na lista do churrasco dos amigos? Aquele cara que pertence a várias turmas? Aquele cara que alegra o seu dia? Esse era você, meu querido amigo Bila.
Tenho a convicção de que muitos gostariam de ser você, mas você era pessoa ímpar, pai zeloso e amoroso, bom filho, bom marido, que levava a vida com muita leveza, fez da vida seu salão de festas, onde diversão era a sua palavra de ordem, alegrando a todos que tiveram a alegria de conviver com você.
Em nosso último encontro, que jamais sairá da minha memória, 02/04/2021, Sexta-feira Santa, data que já era tradição entre nós de irmos a Tambaú, no Santuário do Padre Donizete, onde fazíamos as nossas orações. A primeira vez fomos a pé, me lembro bem quando me convidou nos fundos da Prefeitura Municipal, foi mais ou menos assim: “Monstro (maneira carinhosa como nos chamávamos) vamos a Tambaú a pé? Vamos sair de Porto Ferreira, a turma deles tem carro de apoio, fornecem frutas e camiseta”. Respondi: “Você é louco, estou pensando se aguento ir daqui até lá e você quer sair de Porto Ferreira? Estou fora”. Ele disse: “Está bom, Monstro!!! A gente sai daqui, e, assim, fomos: eu, você, o Nivaldinho e o Juracy, que, aliás, no meu modo de ver, foi depois dessa caminhada até o Santuário que teve a ideia de criar o “Caminhando com Fé”, ação social da Gazeta Palmeirense, até Tambaú, no ano seguinte, ato que virou tradição e sucesso na cidade, atraindo dezenas de centenas de pessoas que passaram a ir até o Santuário expressar sua fé. No meu humilde modo de ver, esse é um legado que você deixa para nossa sociedade.
Voltando a falar do nosso último encontro, no qual pudemos conversar muito a respeito de vários assuntos, o assunto “família” não podia passar em branco, e era visível a sua alegria e orgulho em falar da Viviane e, principalmente, do Serginho, que estava crescendo, se desenvolvendo e gostando das coisas que o Pai gostava, fato que, por si só, mostrava a forte presença do pai na vida do filho, com certeza os passeios de moto eram um desses gostos, já imaginando fazê-lo com o amado filho. Quis o destino que fora justamente fazendo uma das coisas que mais gostava, passeando de moto com o casal Ricardo Italiano e Dora, com os que mais amava: o filho, Serginho, a esposa, Viviane, e seus pais, Rosana e Negão Lepri, a tia Lucinha e seu esposo, Genésio, que nessa viagem o acompanhavam de carro, que você se despediu de nós. Vai em paz, meu querido amigo, Deus o tenha e conforte a todos os familiares e amigos, lamento profundamente não termos realizado os nossos planos para um futuro próximo, como uma viajem para o nordeste, com você dirigindo a Van daqui até lá para levarmos a família toda, aliás, dirigir era outra paixão sua.
Despeço-me agradecendo a Deus por ter tido a oportunidade de conhecê-lo. Muito obrigado pelos momentos vividos, pelas histórias, pelas gargalhadas, jamais vou me esquecer do meu primeiro pedal que tinha que ser com você justamente naquilo que era tradição para nós: irmos a Tambaú.
Até um dia, querido amigo Bila. Do seu parceiro Lira.

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