Como já é de conhecimento da população, no início do mês a prefeitura de Santa Cruz das Palmeiras realizou o corte de diversas árvores na Avenida 15 de Novembro, no centro da cidade. O ato causou revolta na maioria da população palmeirense e da região.
Algumas pessoas procuraram a Promotoria de Justiça denunciando o caso. Atendendo aos pedidos, de imediato, no dia 24, a Promotora de Justiça Dra. Vitória Chammas Varela Alves convocou uma reunião com o prefeito e integrantes do Meio Ambiente da prefeitura para que fossem prestados esclarecimentos sobre o corte das árvores.
No início da reunião, a Promotora esclareceu que recebeu diversas “denúncias” de cidadãos sobre a ocorrência de poda exagerada de árvores.
Em resposta, os representantes da prefeitura informaram que desde a campanha eleitoral receberam diversos relatos de cidadãos que teriam medo que caíssem em suas residências. Diante dessa situação, desde o início do mandato, o prefeito solicitou providências sobre a situação e foi informado que já existia um laudo, datado de 2020, que indicaria que diversas árvores do local corriam risco de queda e, ainda, estariam danificadas e condenadas. Informaram ainda que ao todo são 66 árvores na mencionada Avenida que serão retiradas e substituídas por espécies nativas e sem risco de queda. Que, após a retirada das árvores, será feita a reforma do canteiro para posterior implantação de um novo projeto.
Por fim, foi informado que, nessa primeira fase, na citada avenida, serão somente retiradas as 18 que já foram e não mais as 66 ali existentes.
Depois dos argumentos feitos, a Promotora deu um prazo de 10 dias para que a prefeitura apresente os estudos mencionados na reunião, a indicar que todas as árvores retiradas nos últimos dias apresentavam riscos iminentes de queda e/ou encontravam-se condenadas por danos irreparáveis em sua saúde. Ademais, no mesmo prazo, deverá a prefeitura apresentar o projeto completo que se pretende implementar na Avenida 15 de Novembro, também com indicação de que as espécies que serão retiradas representam riscos de queda e/ou possuem danos irreparáveis e serão substituídas por espécies nativas novas.
Sobre as árvores atuais, a prefeitura também deverá indicar se trata de espécies nativas ou exóticas.
