Passeio de Boias na Cachoeira de Emas não pôde ser realizado

Por causa da pandemia, o tradicional Passeio de Boias, que é realizado todos os anos no último sábado do mês de janeiro, neste ano não foi possível ser feito. O evento, que reúne grande número de pessoas, sai da tradicional Prainha da Cachoeira de Emas, no Distrito de Pirassununga, percorrendo aproximadamente 17 quilômetros, até a Área de Lazer dos Canoeiros, em Porto Ferreira.
Durante a semana antecedente ao evento, autoridades municipais das duas cidades se reuniram com os organizadores e anunciaram que este ano não seria possível realizá-lo por causa da aglomeração que haveria. Pessoas de várias cidades, entre elas Santa Cruz das Palmeiras, que não sabiam do cancelamento, começaram a comparecer ao ponto de partida desde as primeiras horas da manhã, já que a concentração aconteceria às 7 horas, mas foram orientadas pela polícia a voltar para casa.
Desde cedo, a Guarda Municipal de Pirassununga, Policia Rodoviária, Polícia Ambiental e da Marinha estiveram presentes para orientar os participantes que chegavam. Todos obedeceram e não houve nenhum incidente.
O passeio
Segundo informações, o passeio é uma iniciativa da organização não governamental “Viva Mogi”, de Cachoeira de Emas, criada em 1994, contando com o apoio da Associação dos Canoeiros do Rio Mogi-Guaçu, de Porto Ferreira. O principal objetivo do projeto é a valorização e a preservação do rio e da natureza.
Quando ocorreu o primeiro passeio, 15 pessoas do Grupo “Viva Mogi”, liderado por Ricardo Torres, fizeram o percurso. Na época, o grupo chegou à Área de Lazer, onde o canoeiro José Astor Fadel, mais conhecido como “Boi Fadel”, aderiu ao movimento e sugeriu a um grupo de amigos de Porto Ferreira a formação de uma entidade voltada à preservação do rio. Fundou-se então a Associação dos Canoeiros do Rio Mogi-Guaçu de Porto Ferreira.
Passados alguns anos, aqueles 15 participantes multiplicaram-se em mais de mil adeptos ao evento, que, além de conotação ecológica, passou a ser de caráter turístico, de lazer e de diversão, no estilo boia-cross.
Segundo os organizadores, cada integrante deve providenciar sua própria boia ou câmara de ar de caminhão, além dos equipamentos necessários para realizar o percurso com segurança. Nas corredeiras há risco de ferimentos leves.
Na descida de boias cada participação é espontânea. Recomenda-se aos participantes do evento saber nadar e evitar o abuso de bebidas alcoólicas. Também é obrigatório o uso do colete salva-vidas e capacete tipo bike. A boia não pode estar muito cheia para não estourar ao esbarrar nos galhos. Por razões de segurança, a boia deve estar amarrada ao braço por uma corda ou um cordelete para que a mesma não se perca nas corredeiras.

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