A Polícia Militar Ambiental está sempre protegendo a fauna e a flora em todo o Estado de São Paulo. Segundo dados divulgados pela corporação, de janeiro ao início deste mês de junho foi realizado grande número de apreensões nas várias operações realizadas pelos policiais de cada área.
Nos rios – Em março encerrou-se mais uma piracema, período em que a pesca fica restrita para garantir a reprodução das espécies continentais, ou espécies de água-doce. Ainda assim, a fiscalização não para. Nos rios, represas, lagoas foram apreendidas 20,7 toneladas de pescado de pesca irregular.
No mar – Na proteção do mar, a Companhia Marítima, que fiscaliza diariamente 14 mil quilômetros quadrados do oceano atlântico, ao longo dos 622 quilômetros de costa do Estado de São Paulo, apreendeu outras 48,5 toneladas.
No mar, o período de reprodução é por espécies, também conhecido como “defeso”, mas o objetivo é o mesmo: salvaguardar a perpetuação das espécies. Além da segurança ambiental, o policiamento ostensivo náutico nos recursos hídricos proporciona segurança pública para as embarcações de lazer e de pesca.
Para proteger algo tão grandioso, como o mar, rios, lagos, lagoas e todos os cursos d’água é preciso a cooperação de todos. Além de respeitar a Piracema e o Defeso, fazer o consumo consciente e reduzir o uso de plástico descartável são atitudes que fazem a diferença.
Demais apreensões – Ao todo, o Policiamento Ambiental resgatou, ou apreendeu, 7.242 animais. A grande maioria, 6.088 animais, faz parte da nossa fauna silvestre, e estava em cativeiro ilegal. Após a apreensão, foi destinada para recuperação e soltura no seu ambiente natural. Os animais domésticos e exóticos foram destinados à guarda junto aos órgãos autorizados.
Ainda segundo a Polícia, o tráfico, o comércio e o cativeiro ilegal de animais são a terceira atividade que mais movimenta dinheiro ilícito no mundo. Outro número impressionante foi a grande quantidade de armadilhas apreendida: um total de 6.709, estando entre elas alçapões, arapucas, lanças, estilingues e “canhãozinho”, que é uma arma de fogo artesanal, que, colocada na mata em locais de passagem da fauna, dispara a uma curta distância quando acionada pelo próprio animal, muitas vezes atraído por alimento deixado pelo caçador. Quando armado nas trilhas, eventualmente, esse tipo de armadilha pode atingir até seres humanos.
As 46.430 intervenções policiais, sendo uma ação a cada 4 minutos, resultaram na apreensão de 355 armas de fogo. A maioria desse armamento é típica do emprego na caça de animais silvestres. Se fossem contabilizadas as armadilhas do tipo “canhão” — consideradas por alguns como armas artesanais do tipo que dispara a uma curta distância quando acionada pelo próprio animal – o número saltaria para quase 400 unidades.
Mas não foram só armas de caça que foram apreendidas no período. Pistolas calibre 765, 389, 9mm, revólveres, 38 e munições de uso restrito, assim como inúmeras outras armas utilizadas em crimes graves, também foram tiradas de circulação.
A apreensão de cada uma dessas armas representa não só mais proteção à fauna silvestre, mas também a impossibilidade de serem usadas em homicídios, roubos e agressões.
Operação Ambiente mais Seguro – Do dia 1º deste mês até sexta-feira do último dia 5, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente e Dia da Ecologia, a Polícia Militar Ambiental desencadeou atividades de educação, conscientização e preservação do Meio Ambiente, destacando-se entre elas a “Operação Meio Ambiente Mais Seguro”, envolvendo ações do policiamento ambiental voltadas à proteção dos recursos naturais (queimadas, pesca predatória, desmatamento, garimpagem, caça e tráfico de animais silvestres, tráfico de drogas, porte ilegal de arma) pelas unidades operacionais em todo o Estado de São Paulo.
Ao todo, foram empenhados mais de 1.300 policiais militares, 450 viaturas terrestres e 40 viaturas náuticas. Durante a operação, 16 pessoas foram detidas, 18 armas de fogo apreendidas, sendo uma de calibre restrito, munições, drogas, 271 animais silvestres que estavam em cativeiro ilegal, mais de 10 toneladas de pescados ilegais, 1.200 quilos de palmito encontrados em fábrica clandestina, que foi fechada, entre outras ações.
