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Se a oportunidade não bate à sua porta, construa outra porta

Pois é, voltamos à rotina. Depois de uns dias em um carrossel de emoções, alegrias e tristeza se alternando… feriados, Páscoa, morte do Papa e o retorno da alegria com a festa de aniversário da cidade, cá estamos na nossa vidinha de sempre.
Mas relembrando, foi bonito né? Fespal, rodeio, desfile! Adultos e crianças pisando orgulhosos neste chão que é nosso. A banda dos Pinguins estimulando nosso patriotismo. E os corais da Escola Viva, Com Soantes e Cordas Vogais, vozes adultas e infantis se unindo para nos trazer aquele sentimento feliz de pertencer a esta cidade tão querida.
Gratidão a TODOS os que se empenharam nestes eventos. Gratidão, por terem aproveitado a oportunidade de resgatar estas atividades até meio perdidas no tempo.
Estive pensando nessa frase: SE A OPORTUNIDADE NÃO BATER À SUA PORTA, CONSTRUA OUTRA PORTA.
A vida, por vezes, assemelha-se a um casarão antigo, com portas que parecem trancadas e corredores silenciosos onde a oportunidade teima em não ecoar. Ficamos à espera, talvez sentados nos degraus da entrada, ansiando pelo momento em que a sorte, personificada em uma batida à porta, nos convide a entrar em um novo capítulo. No entanto, a sabedoria ancestral nos sussurra um conselho valioso: se a oportunidade não bater à sua porta, construa outra porta.
Essa máxima transcende a mera metáfora. Ela nos convoca a abandonar a passividade e a assumir o papel de arquitetos do nosso próprio destino. Em vez de aguardar que as circunstâncias se alinhem magicamente, somos incentivados a moldar ativamente o nosso caminho.
Construir outra porta significa identificar as paredes que nos aprisionam – sejam elas a falta de uma habilidade específica, a ausência de uma conexão chave ou o medo de arriscar – e, com determinação e engenhosidade, derrubá-las.
Essa construção não se faz da noite para o dia. Requer planejamento, esforço contínuo e, acima de tudo, uma visão clara do que almejamos alcançar. É preciso aprender novas ferramentas, forjar novas alianças, superar a inércia e, por vezes, enfrentar o desconforto da mudança. Cada tijolo assentado nessa nova porta representa um passo adiante, uma ação deliberada em direção aos nossos objetivos.
Construir outra porta implica também em cultivar a criatividade e a resiliência. Nem sempre os materiais disponíveis serão os ideais, nem sempre o terreno será plano. Haverá obstáculos, imprevistos e momentos de dúvida. Contudo, é nesses desafios que reside a oportunidade de inovar, de encontrar soluções alternativas e de fortalecer a nossa capacidade de seguir em frente, mesmo diante da adversidade.
Ao invés de nos resignarmos à espera de uma chance fortuita, a construção da nossa própria porta nos empodera.
Coloca-nos no comando, transformando a esperança passiva em ação proativa. E, no final, a satisfação de atravessar uma porta construída com as próprias mãos é infinitamente maior do que a de simplesmente atender a uma batida inesperada.
Afinal, a verdadeira oportunidade não é aquela que nos encontra, mas sim aquela que ousamos criar.
Col. Pilar Arias (Pile Maracaju)