Vereadores da oposição impedem vinda de faculdade para o município

No começo do ano passado, o prefeito Zé da Farmácia assinou a escritura pública de doação, com encargos, de uma área de 2.012,94m² à UNINA Educacional Ltda., atual denominação da Faculdade São Braz. A doação foi realizada graças à Câmara de Vereadores da época, que aprovaram as Leis Municipais nº 2.323/2019 e 2.335/2020, de autoria do Poder Executivo, e graças ao empenho da administração municipal na busca incessante pela melhoria do ensino no município.
Após diversos contatos mantidos entre a Prefeitura Municipal, Departamento de Educação e representantes da Faculdade, foi ajustada a instalação de um polo presencial próprio na cidade, mediante a doação de parte da área localizada na Avenida Secundino de São José, entrada principal da cidade.
A Faculdade já vinha desenvolvendo trabalhos na cidade com oferta de cursos de pós-graduação à distância, além de bolsas e palestras gratuitas para o Departamento de Educação, e, com esta importante ação da administração municipal, instalaria o prédio próprio para atendimento presencial dos alunos do nosso município e de outros da região, fazendo com que os alunos não precisassem viajar para outras cidades, correndo o risco de sofrerem acidentes.
No lançamento da pedra fundamental da faculdade, marco simbólico desta expressiva realização, que contribuiria significativamente para o avanço do desenvolvimento social e econômico de Santa Cruz das Palmeiras, onda estiveram presentes, naquela oportunidade, o prefeito Zé da Farmácia, os senhores Vagner e Silvio, sócios proprietários da UNINA, Marli de Fátima Francisco, representante do Departamento de Educação, o presidente da Câmara local, Adriano Martins, e os vereadores Jaime Piran e Fabiano Pavani, além de outros cidadãos,(Foto abaixo) ficando acertado que, depois de construído prédio, seriam disponibilizados, no prazo máximo de seis meses, na unidade presencial, os seguintes cursos à distância: Bacharelado em Teologia, Licenciatura em Pedagogia, Licenciatura em Letras e Libras, Licenciatura em Educação Física e Licenciatura em História. Esta seria a primeira unidade da Faculdade UNINA instalada no Estado de São Paulo e a previsão para construção era de doze meses, prorrogáveis por mais três.
Ainda segundo informações, a faculdade poderia firmar parceria com o município inclusive para disponibilizar a unidade para atendimento na educação infantil, demonstrando que os benefícios com a vinda da faculdade seriam muito importantes. Mas, como é de conhecimento da população, veio a pandemia da Covid-19 e tudo no Brasil ficou paralisado. Com as obras da faculdade não foi diferente. Neste mês, com a retomada da economia, tudo está voltando gradualmente. Com isso, a direção da faculdade deu inicio às obras, porém necessitava da aprovação da Câmara de Vereadores para o adiamento do prazo para a sua conclusão, o que não ocorreu, pois o projeto foi rejeitado pelos vereadores da oposição, denominado de “G7”, formado pelos vereadores Valdir Galupo, Maicon Finesi, Nando, Lalá, Eduardo Cremonesi, Tuna e Galinho da Van.
Por conta do resultado dessa votação, a faculdade, em princípio, não mais virá e os estudantes terão que continuar viajando, pagando condução (os que podem) para estudar fora.
Em entrevista à Live da Gazeta, na penúltima segunda-feira, 11, o prefeito Zé da Farmácia lamentou a atitude dos edis, que dizem trabalhar para o bem da população. Entre outras palavras, afirmou que os vereadores, em sua opinião, estão fazendo de tudo para prejudicá-lo, ressaltando que eles não estão atingindo o prefeito, mas, sim, a cidade e os atuais e futuros estudantes.
Os munícipes, em sua maioria, principalmente os que se preocupam com os estudos de seus filhos, ficaram indignados. A construção, pelo que foi afirmado, não teria nenhum custo para o município, pois ela se daria em um terreno que não vai servir para abrigar outro segmento, valendo a pena registrar que, além dos benefícios citados, daria um brilho especial na entrada principal da cidade.
Comunicado da Prefeitura
“Como já informado nas redes sociais e imprensa da cidade, a Câmara Municipal, por maioria dos votos 6×4, rejeitou o Projeto de Lei, de autoria do Poder Executivo, que concedia prazo para a construção do prédio e implantação da Faculdade UNINA. Com isso, perdemos a tão sonhada faculdade.
A UNINA certamente buscará junto à Justiça prevalecer o seu direito, já que a construção não se iniciou e concluiu no prazo original por causa da pandemia, que paralisou tudo no país.
No entanto, incumbe-nos informar à população que, embora confiante na sensatez e bom senso da Justiça, a administração municipal, ciente já do posicionamento lamentavelmente contrário da maioria do Legislativo Palmeirense, já trabalha no sentido de dar outra destinação ao imóvel, de forma a recompor o grave prejuízo causado ao desenvolvimento da cidade.
Caso aprovado aquele Projeto de Lei, o Polo de Santa Cruz das Palmeiras da UNINA contaria com toda estrutura necessária para o atendimento dos alunos. Numa segunda fase, também estava prevista a construção de um espaço para uma escola de educação infantil, onde seriam atendidos alunos de 0 a 5 anos.”

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