Cachoeira de Emas, distrito de Pirassununga, sofre a pior seca dos últimos anos. A situação é de desespero, segundo os pescadores e comerciantes que dependem do rio, que atrai o turismo no local. Há muitos meses sem chuvas, a água diminuiu e o mato está tomando conta das margens do rio. Com isso, os turistas que visitavam o distrito todos os domingos, aproveitando as águas mansas para pescar, nadar, tomar sol e passear de barco, também desapareceram.
A reprodução dos peixes, segundo especialistas, também está prejudicada e muitas espécies poderão desaparecer da bacia hidrográfica, pois, faltando pouco tempo para a Piracema, os peixes, caso não chova, não poderão subir para a tradicional desova.
O Rio, que já chegou a subir até sete metros acima do normal em anos anteriores, preocupando os moradores, no último domingo, 18, estava muito seco, com mais de cem metros aproximadamente de margem sem água, possibilitando que se caminhasse por cima das pedras. Quando está cheio, a fundura do rio pode passar de dois metros. As poucas pessoas que estavam visitando o local aproveitaram a oportunidade para andar sobre as pedras da cachoeira e posar para fotos em um cenário bonito, mas que estava preocupando os turistas e comerciantes. Uma vendedora ambulante, que há muito tempo trabalha na beira do rio disse que nunca havia presenciado uma cena desse tipo, que vem ocorrendo nos últimos meses. Disse ela: “Trabalho aqui há muito tempo e é a primeira vez que vejo uma seca dessa por tanto tempo. Espero que chova logo para que possamos ter o nosso cartão postal de volta para nos alegrar e receber os turistas”.
Em um vídeo que fizemos, ao vivo, pelo Fecebook da Gazeta palmeirense, pode-se ver as pessoas caminhando e até encostando-se à barragem do rio.
Fotos: Antonio Felippe
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