Campanha alerta para que mulheres e homens cuidem da saúde das mamas

Criado nos anos de 1990 para inspirar pessoas a se conscientizaram sobre o câncer de mama, “Outubro Rosa” é um movimento global que ano após ano ganha notoriedade e tem sido importante incentivador na busca pela prevenção.
Mesmo afetando principalmente mulheres com mais de 50 anos, a doença também atinge homens e homens trans. A campanha também propõe maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e ajuda na redução da mortalidade pela doença. Por isso, as iniciativas em favor da atenção com o próprio corpo e o cuidado com a saúde das mamas são importantes e devem ser priorizadas sempre.
De acordo com os últimos indicadores do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que estima 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil até o final deste ano. Resultante do descontrole da multiplicação das células mamárias, a doença pode ocorrer por diversas causas, desde fatores genéticos e causas externas que podem ser desencadeadores de tumores. Especialistas destacam fatores de risco maior, como idade acima de 65 anos, mutações genéticas herdadas, dois ou mais parentes de primeiro grau com doença anterior e mamas pós-menopáusicas. Além disso, outros fatores de risco também são considerados desde o grau de parentesco com outros familiares afetados pelo câncer de mama até pacientes expostos a doses de radiação na mama.
Exames preventivos não podem ser deixados de lado
Na luta contra a doença, os exames preventivos são fundamentais e baixa procura pela mamografia preocupa as autoridades, já que o exame é considerado o método mais eficaz para detecção de microcalcificações aglomeradas, sendo imprescindível para atenção com a saúde das mamas, mas segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), houve queda de 70% na presença de mulheres nas unidades hospitalares.
Outro indicador preocupante é o do DataSus, que aponta que mais um milhão de mulheres deixaram de fazer seus exames em 2020 e segundo o “Radar do Câncer”, desenvolvido pelo Instituto Oncoguia, em 2020, houve uma queda de 50% de mamografias realizadas em comparação com 2019. Uma das ferramentas mais indicadas para detecção precoce do câncer de mama: a mamografia é considerada imprescindível para o calendário de jornada de cuidados das mulheres a partir dos até os 40 anos. Ela não substitui o físico, mas pode ser decisivo para o desfecho clínico em caso de detecção de anormalidades.
Outros exames também são importantes nesta jornada, como a ultrassonografia e ressonância magnética – complementares à mamografia e podem ser indicadas para pacientes mais jovens, com mamas naturalmente mais densas, já que nestes casos a mamografia pode ter maior dificuldade de detectar eventuais nódulos. A ultrassonografia também colabora nos casos em que a mamografia pode ser inconclusiva devido à presença de um tumor.
Além disso, mesmo com a campanha focada nas mulheres, homens também apresentam quadro clínico da doença. Hoje, 1,2% dos casos de câncer de mama é masculino. As principais vítimas são homens com mais de 50 anos, e pode ser mais frequente em pacientes com famílias com casos de câncer de mama e de ovário. Como também possuem glândulas mamárias e hormônios femininos, ainda que em quantidade pequena, e podem ser diagnosticados. Os números do Instituto Nacional do Câncer mostram que cerca de quatro a cada cinco casos da doença em homens ocorrem após os 50 anos. Por isso, a prevenção e o cuidado com a saúde das mamas devem ser práticas de todos.
Assim como nas mulheres, o tratamento do câncer de mama em homens também depende da fase em que a doença é descoberta e do tipo de tumor encontrado. Além disso, a recomendação de tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica, de acordo com o caso.
Fonte:Viviane Melém/FSB Comunicação

Compartilhe:
Share on Facebook
Facebook