Comissão ouve ex-vereador sobre construção do Conjunto Habitacional Nino Deperon

Na penúltima quinta-feira 20, a Comissão de Assuntos Relevantes, conforme artigo 79 do Regimento Interno da Câmara, com a finalidade para elaboração e apreciação por meio de estudos dos problemas que vêm sendo relatados por moradores do Conjunto Habitacional ‘‘Agostinho Nino Deperon”, a pedido dos cinco membros da referida Comissão, presidida por Anderson Reitano Ricardo, e os demais membros Rafael Varise Custódio, Valdir José Galupo, Marcos Rezende e Luis Fernando de Oliveira, foi convidado o ex-vereador Edilson Luis Voltarelli ( Lira ) para explicar os motivos que o levaram a votar contra o projeto à época.
A conversa foi muito produtiva, segundo os membros que participaram da reunião, Anderson, Valdir e Rezende, pois alguns pontos esclarecidos não eram de conhecimento dos membros.
O ex-vereador Lira disse que à época foi o único vereador contra o local para a construção das casas e que, por isso, foi muito criticado, mas hoje todos estão vendo que ele estava certo. O ex-vereador falou sobre as criticas que sofreu, mas que sabia que um dia todos iriam dar-lhe razão.
Perguntado por que tinha certeza de que lá não seria um lugar ideal, Lira disse que tinha consultado vários engenheiros e estes lhe teriam informado dos problemas que poderiam acontecer. Entre estes, que, na oportunidade tentou convencer os demais vereadores, o fato de que o local não era o ideal, mas que foi voto vencido. “Espero que todos que lá estão morando estejam felizes, porque sabemos o quanto é bom ter uma casa própria. Jamais desejei que alguma coisa pudesse ocorrer, mas, na oportunidade, fomos informados o que poderia acontecer, por isso fomos contra o local”. Prosseguindo, Lira lembrou que houve o descumprimento da Lei Federal 6766, que não autoriza a criação de loteamentos em áreas sujeitas à inundação; que houve o envolvimento da preservação ambiental (em desacordo com percentual exigido por lei); que a administração foi contra o Plano Diretor em mais de um ponto, estendendo a área urbana onde não existe nenhuma estrutura compatível com o número de casas a serem construídas; que ocorreu o uso de estradas municipais como ruas do loteamento, ou seja, movimento excessivo com cargas pesadas colocando em risco a vida dos moradores; que houve diminuição da largura das ruas para conseguir encaixar o número de casas dentro da área útil, além do problema de escoamento com esgoto, águas pluviais, entre outros.
A Comissão deverá analisar esses pontos.

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