Grupo Vale do Verdão é o novo dono da Usina São Luiz

A proposta do Grupo Vale do Verdão foi a vencedora no leilão da usina São Luiz, da Abengoa Bioenergia, com mais de 64% dos votos. A usina, localizada em Pirassununga (SP), será recebida como unidade produtiva isolada (UPI), sem dívidas.

O certame era disputado por três grupos do setor, que apresentaram o lance mínimo de R$ 385 milhões no leilão judicial da unidade. As outras propostas foram da usina Ferrari e dos empresários Mário e Adriano Dedini Ometto.

A oferta do Grupo Vale do Verdão foi considerada a melhor devido aos prazos de pagamento, que iniciarão com R$ 20 milhões em 30 dias, R$ 20 milhões em 60 dias e R$ 25 milhões em 90 dias. A partir de julho de 2021, começará o pagamento de outras 16 parcelas de R$ 20 milhões, corrigidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

“Temos que aguardar os trâmites burocráticos para poder assumir a unidade. Estamos muito animados”, afirmou o presidente do Grupo, Sergino Ribeiro de Mendonça Neto, ao JornalCana.

Com três unidades localizadas em Goiás – a Vale do Verdão, Panorama e Floresta – a companhia, que processa sete milhões de toneladas por safra, poderá ver sua produção aumentar mais de 40%, já que a nova unidade adquirida tem capacidade de moer até 3 milhões de toneladas de cana por temporada.

A usina tem um parque industrial de cogeração moderno, o que vai permitir à Vale do Verdão também incluir bioeletricidade no seu portfólio. A empresa já vem investindo em projetos de energia renovável em suas unidades em Goiás, mas ainda não cogera.

Com faturamento anual de R$ 1,1,bilhão, o Grupo trabalha com controle rigoroso de custos e conservadorismo sustentável em relação ao mercado. A companhia possui uma estrutura bastante verticalizada, com capital próprio e pouco manejo de cana de fornecedores.

O grupo possui 81.850 hectares de lavouras de cana-de-açúcar; 95.000 ha de lavouras cultivadas com grãos a cada ano (7,2 mil ha irrigados em 72 pivôs) e 61.000 cabeças de gado em cria, recria e engorda (pasto + confinamento).

Sua controladora, a Fronteira SA, tem também a unidade Cambuí, que junto com as outras usinas, fatura próximo de R$ 1,5 bilhão, o que garantiria o pagamento e novos investimentos na unidade adquirida.

Fonte / Foto: jornalcana.com.br

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